São Paulo, 25 de outubro de 2014.

Hoje vejo o passado e percebo o quanto estive errada. Nesse tempo que passou desde a primeira vez que escrevi aqui, cometi muitos erros. Talvez esse tenha sido o pior ano da minha vida e não culpo ninguém sobre isso porque a culpa é toda minha. Fui errada em pensar que seria feliz pertencendo a muitas pessoas e não sendo a única de ninguém. Um cara passou pela minha vida e ele mexe comigo, mas como todos os outros, acho que ele já se cansou de mim. Me sinto mal pelas coisas que fiz, mas de certa forma não me arrependo. Mesmo se eu me arrependesse de tudo, não mudaria nada né? Tive recaídas e essa não foi a pior parte. Bom, talvez tenha sido. Estive me procurando nesses tempos, sendo várias pessoas diferentes e tentando descobrir quem eu realmente era. Mesmo que se descobrir seja a melhor coisa do mundo, pra mim foi a pior coisa que eu já tentei. Não posso mudar isso, não mais. Queria ser o tipo de pessoa que dá orgulho de conhecer e conversar, alias, acho que fui. Alguém despertou o melhor que eu podia ser, alguém acreditou que eu era boa o suficiente, que eu era a pessoa que nasci pra ser. O único problema é que essa pessoa é passageira, ela não gosta de permanecer na vida de ninguém e isso eu já percebi. Queria que ele ficasse, mas uma vez li em um livro que não se pode segurar ninguém em sua vida, é errado. E agora, depois de tanto procurar quem eu sou, acho que já descobri. O passado fica no passado e não quero que me julguem por quem eu era um tempo atrás, assim como não vou julgar o que eles eram antigamente.